TÓPICO - 3

Dúvidas para a aula do dia 17/09

Ao longo dessa obra, Freud fica em busca da compreensão de como e quais fatores individuais (ego, ideal de ego, identificação, amor...) são mobilizados de forma que geram ou dissolvem a coesão de um grupo. Quando é falado sobre a melancolia e mania, podemos dizer que a melancolia seria oriunda da frustração por não conseguirmos atingir esse ideal de ego?

Ego ideal e ideal do ego são noções usadas por Freud. Como elas afetam o funcionamento psíquicos do indivíduo?

Freud levanta a hipótese de que a passagem da melancolia à mania poderia ser atribuído a um processo de dissolução do ideal do ego no ego ideal. A reversão da melancolia à mania seria resultado de uma rebelião periódica do ego contra o ideal do ego.

É na observação de fenômenos patológicos que Freud descobre como funciona o indivíduo normal. Como Freud explica o ego a o ideal do ego no indivíduo dito normal e no patológico?

Pelo que compreendi em ambos as situações há um conflito entre ego e ideal de ego , a diferença seria na forma de processar esse conflito entre eles , onde um indivíduo saudável consegue trabalhar a demanda enquanto um patológico absorve até chegar ao ponto de "explosão" podendo levar a atos inconsequentes que igual posterior virá a ruminar este indivíduo.

O processo de identificação onde ocorre a regressão do ego poderia estar associado a necessidade de sentir-se pertencer?

Transferindo a teoria freudiana acerca dos grupos para os dias de hoje, se Freud considerasse mais os fatores sociais e ambientais envolvidos na formação de grupos identitários (LGBT, Negro, Feminista), como será que isso afetaria a sua teoria, a forma de ver essa realidade e a sua visão de coesão grupal?

No que diz respeito ao normal, a divisão entre ego e ideal de ego causa uma tensão entre dois lados opostos, mas uma tensão que o sujeito conseguiria lidar de uma forma não tão extrema. Quanto a patológica seria uma cisão entre ego e ideal de ego, o que causaria uma revolta contra proibições, de maneira em que o sujeito teria mais dificuldades de lidar com a situação do conflito.

Qual a ligação entre o mito do herói com a teoria freudiana?

Shirley vargas escreveu:Ego ideal e ideal do ego são noções usadas por Freud. Como elas afetam o funcionamento  psíquicos do indivíduo?

O ideal do ego é aquele que tem relação com as nossas identificações, por isso pode ser submetido ao comando de um líder, dessa forma ele está relacionado com a própria submissão do ego em prol de estar inserido em um grupo, essa interação entre eles afeta o funcionamento do psiquismo do indivíduo.

Segundo Freud, não só o amor, mas também o ódio constitui um fator de unidade. Como é possível que os sentimentos de hostilidade direcionados as pessoas amadas podem ser fatores de unidade?

Shirley vargas escreveu:Ego ideal e ideal do ego são noções usadas por Freud. Como elas afetam o funcionamento  psíquicos do indivíduo?

Pelo que compreendi, essas instâncias psíquicas nos afetam como um todo. O ideal de ego como o próprio nome diz, é aquilo almejado, que gostaríamos de "ser/ter", um ideal para o indivíduo de acordo com o que ele se identifica. A impressão que me passa é de que o Ego vai ficar mergulhado nessa busca incessante para chegar no Ideal de Ego. Aplicando isso em um contexto grupal, como na Igreja ou Exército por exemplo, o Ideal de Ego fica "representado" na figura do líder do grupo o qual o indivíduo irá seguir, acreditar e buscar ser o mais semelhante possível (assumindo o lugar de "ego" de cada indivíduo).

Pergunta Daniella: O processo de identificação onde ocorre a regressão do ego poderia estar associado a necessidade de sentir-se pertencer?
Minha resposta: sim, pois o individuo pode se modificar, fazendo com que eu ego regrida para adaptação do grupo, com sua identificação, perante ele.

1°: Qual a relação do ideal do ego com o superego?” Fica coerente com o texto, ou muito primeira aula?
2°: Ao masoquismo, como se encaixa o ideal do ego? Pois ele frente ao amor gosta de sofrer.

Visto que a identificação é uma forma de amor, a não identificação (dentro de um grupo) seria necessariamente uma maneira de "ódio"? Ou a não identificação também pode resultar uma forma de amor e união entre indivíduos?

Luiza Kampmann escreveu:Visto que a identificação é uma forma de amor, a não identificação (dentro de um grupo) seria necessariamente uma maneira de "ódio"? Ou a não identificação também pode resultar uma forma de amor e união entre indivíduos?

Acredito que no ódio também exista algum tipo de identificação, visto que tanto o amor quanto o ódio estabelecem unidade ao grupo.

Maiara Klein escreveu:1°: Qual a relação do ideal do ego com o superego?” Fica coerente com o texto, ou muito primeira aula?
2°: Ao masoquismo, como se encaixa o ideal do ego? Pois ele frente ao amor gosta de sofrer.

O ideal do ego está diretamente ligado ao superego, pois Freud descreve o ideal de ego como a auto-observação, a consciencia moral, a censura onírica, e o exercicio da influencia essencial quando da repressão, essa crítica interior é resultado das exigências impostas ao ego sob influencia do outro (inicialmente os pais)

Qual o papel do id e do superego na fascinação amorosa?

Luiza Kampmann escreveu:Visto que a identificação é uma forma de amor, a não identificação (dentro de um grupo) seria necessariamente uma maneira de "ódio"? Ou a não identificação também pode resultar uma forma de amor e união entre indivíduos?

Ao que entendi o ódio vem acompanhado do amor e conforme o andar do grupo acontece os sentimentos pessoais somem aos poucos para dar lugar aos interesses do grupo coeso.

Traçando vulgarmente uma simetria entre a década de 1920 com os dias atuais, podemos constatar a ascensão de grupos autoritários munidos com um discurso de ódio (ódio contra o diferente, contra o outro) carregados com uma pulsão de morte. Como Freud explicou, em seu tempo, tal inibição desses grupos em odiar o outro, desde o âmbito do discurso até a ação?

Segundo as pesquisas de Freud como caracteriza-se o comportamento dos grupos?

Resposta a colega Shirley: No Ego se alojam os mecanismos de defesa, as manifestações que o Ego apresenta para se livrar de forma inconsciente de situações que provoque dor psíquica, angústia. Ao superego foi atribuída a função de impedir a realização dos instintos e desejos do Id. Já o Id é responsável pelos instintos, impulsos orgânicos e os desejos inconscientes.

Pergunta: "Tomado isoladamente, um indivíduo pode ser culto, mas em um grupo, vítima de suas pulsões, torna-se bárbaro". Com se explica essa afirmação?


Luiza Kampmann escreveu:
Visto que a identificação é uma forma de amor, a não identificação (dentro de um grupo) seria necessariamente uma maneira de "ódio"? Ou a não identificação também pode resultar uma forma de amor e união entre indivíduos?
Resposta à pergunta de Luiza: Tanto o amor quanto o ódio constituem um fator de unidade. Nos grupos se observa igualmente um fenômeno de contágio, onde os indivíduos demonstram certa aptidão a se influenciarem reciprocamente, sendo assim, é o convívio das pessoas que vai mostrar a identificação ou a não identificação dentro do grupo.

É a observação de fenômenos patológicos que leva Freud a descobrir como funciona o indivíduo normal. Assim introduzindo uma distinção entre o ego e o ideal de ego, essa nova concepção do funcionamento psíquico lhe permite afirmar que as interações entre o ego considerado em sua totalidade “ego total” e os objetos exteriores por sua vez, se reproduzem no mundo interior, pergunto: o que Freud quis dizer com “nesse novo teatro no interior do ego”?

resposta a colega Natalia ;

Não só de amor mas como também o ódio constitui de fato uma unidade. o comportamento dos grupos caracteriza-se pela ambivalência ,
por sentimentos de hostilidade dirigidos contra pessoas amadas.