TÓPICO - 02

Dúvidas para a aula do dia 10/09

No que tange à terceira tópica, ela traz um novo viés de entendimento e envolvimento para o analisando entre as relações não ligadas à simbologia original Freudiana? Seria possível fomentar mais, através desta tópica, o pensamento livre durante o momento da terapia?

Para Freud, o sentimento oceanico pode ser considerado uma fixação a infância, considerando o EGO anterior a diferenciação do seu EGO para o mundo exterior?

Antes falávamos sobre psiquismos em conflito, na terceira tópica mudamos o olhar para o interpsíquico, a importância do outro no meu psiquismo e se fala sobre esse indivíduo que possui um psiquismo com déficit, uma falta (funções não constituídas adequadamente) e uma incapacidade de se pensar. É por conta dessa falta do paciente que o terapeuta irá assumir essa "mãe ambiente" (que decodifica as necessidades do bebê por conta de sua incapacidade de atender suas demandas) até o psiquismo do indivíduo se tornar autônomo? Isso sempre vai ocorrer?

O "Eu" original ainda existe ou apenas serve de ponto de partida para construção do Eu na época madura? Me parece que boa parte do Eu é transformada pela evitação aos desprazeres, mas resta algo dele?

Me parece que por mais que o Eu sofra suas alterações e transformações por conta da evitação dos desprazeres, ele sempre vai ter um caráter próprio. Acredito que "no fundo" siga existindo esse Eu original em essência.

Por qual motivo Freud não concorda com a natureza primária do sentimento oceânico?

Gustavo, acho que a terceira tópica segue as bases da simbologia freudiana, porém ela vem com uma nova leitura mais inter psíquica e fala da relação com outro e acredito que essa é sua grande diferença. Quanto ao pensamento livre, acredito que seria sim mais possível fomentá-lo, já que ela fala muito de interação.

O Eu desenvolve defesas internas e externas, portando ao passo que não consegue suportar determinadas demandas pode derivar para o patológico. Seria a crença religiosa uma fuga para encarar sofrimentos adjacentes? Ou um conforto para demandas recebidas do externo que não se consegue lidar ou seja o Eu ilude a si em defesa a patologias e um sofrimento psíquico ?

Caroline Machado Ferreira escreveu:Por qual motivo Freud não concorda com  a natureza primária do sentimento oceânico?

Para Freud o sentimento oceânico é um sentimento primitivo do ego, conservado na infância até a retirada do seio materno, quando a criança reconhece a existência de outras pessoas.

Pergunta: O "Eu" original ainda existe ou apenas serve de ponto de partida para construção do Eu na época madura?

Resposta ao Guilherme: Apesar do Eu original mudar bastante durante o percurso da fase madura, uma parte dele deve continuar ainda presente, tendo servido de alicerce para todas as transformações.

Refletindo sobre o principio do prazer, essa tendencia a isolar do Eu tudo que poderá se tornar fonte de dor ou desprazer, essa busca apenas pelo prazer... se opõem ao principio de realidade ?

Segundo Freud, quando o mundo exterior nos oferece desprazer, utilizamos de defesas para que esse desprazer seja evitado ou amenizado. Entretanto, quando utilizamos essas mesmas defesas -utilizadas para o mundo externo- para desprazeres vindos do EU (interior), pode-se desenvolver uma patologia. Portanto, as quais defesas, segundo Freud, devemos recorrer aos desprazeres gerados pelo nosso psiquismo?

Qual ''procedimento'' que permite aos sentidos e ação muscular apropriada, distinguir entre o que é interior e o que é exterior? Dando assim o primeiro passo a instauração do principio da realidade que deve dominar a evolução posterior.

Considerando a concepção sobre a conservação de estruturas psíquicas, podemos dizer que um adulto com Transtorno de Personalidade Narcisista possui tanto o ego primitivo como o ego adulto conservados, predominando o primeiro sobre o segundo? Ou, tal indivíduo, em sua infância, não pode passar pelo processo de separação e delimitação do seu ego com o mundo exterior?

O que é um sentimento oceânico,que faz remontar a uma fase primitiva do EU?

Qual o significado da religião para o sentimento oceânico?

Resposta para a colega Lavínia O bebê lactante ainda não separa o seu Eu do mundo exterior e pensa que o seio da mãe faz parte do seu corpo. Uma das formas que dele perceber o mundo exterior é quando ele sente fome e ao procurar o seio não encontra e percebe que só quando chora ou grita que o objeto do desejo que se encontra fora aparece.

Juli Xavier Knabah escreveu:Refletindo sobre o principio do prazer, essa tendencia a isolar do Eu tudo que poderá se tornar fonte de dor ou desprazer, essa busca apenas pelo prazer... se opõem ao principio de realidade ?

Oi Juli. Creio que sim, já que o principio da realidade busca a adiar a satisfação psicológica e o principio do prazer busca juntamente o contrário, gratificar o sujeito.

simone escreveu:O que é um sentimento oceânico,que faz remontar a uma fase primitiva do EU?

É um sensação de infinidade, onde o indivíduo procura sentir segurança e alivio, geralmente encontrado na sua infância, que é o que faz ele remontar essa frase primitiva do Eu

Pergunta: Oque Freud considera ser a principal via de felicidade humana?

Respondendo ao colega Flavio: Segundo Rolland, esse sentimento é a fonte de toda a energia religiosa que permeia em vários sistemas religiosos, e pode-se justificadamente chamar-se de religioso apenas com base nesse sentimento oceânico, mesmo que renuncie a toda crença e toda ilusão.

Como nós constituímos o nosso "Eu"? Ele vem do princípio da nossa existência, ou, deve passar por algumas evolução para ser constituído?

Os distúrbios patológicos podem surgir apartir das tentativas de evitar os desprazeres e as vontades reprimida?

Resposta da pergunta da Shirley
A construção social da humanidade traz em si a satisfação das pulsões as quais vão sofrer com problemas comportamentais e de sociabilidade.

Pergunta da Alessandra:
Como nós constituímos o nosso "Eu"? Ele vem do princípio da nossa existência, ou, deve passar por algumas evolução para ser constituído?


Minha resposta: Nosso Eu é composto de forma básica pelo nosso entendimento de si com base naquilo que vivenciamos e experienciamos. Nosso inconsciente, que de forma mais primitiva nos fomenta compreensões e atitudes as quais por vezes deixam de ser adaptativas por já não mais terem um sentido de sua existência.

Assim, necessário passar por evoluções conforme as experiências e entendimentos que o indivíduo passa a adquirir e tornar consciente em sua mente.

Pergunta:  Freud se preocupa com os impulsos masoquistas e sádicos na vida humana. Como ele explica a origem desses impulsos?


Pergunta da nathalia: Oque Freud considera ser a principal via de felicidade humana?

Resposta:  Felicidade é não sofrer, para Freud  a libido busca sua realização por meio do prazer, e quando o prazer e alcançado encontramos felicidade. Esta felicidade pode ser momentânea ou prolongada, dependendo de como a pessoa reage à libido, não é apenas o prazer sexual mas sim uma pulsão de vida que nos move sendo uma das base para o conceito de felicidade.