TÓPICO - 7

Dúvidas para a próxima aula

Os pressupostos básicos descreve a mentalidade do grupo, os quais Bion identifica como sendo: Dependência, luta-fuga e acasalamento. Quais os pressupostos básicos de cada grupo?

Quanto a "dor de fome" (criança que foi privada de um bom seio nutridor), de que forma o analista pode amparar essa questão?

Nesses casos, o analista deve possuir uma boa capacidade de continência e de paciência, tendo em vista que esse período,
muito penoso para criança/paciente.

Shirley vargas escreveu:Os pressupostos básicos descreve a mentalidade do grupo, os quais Bion identifica como sendo: Dependência, luta-fuga e acasalamento. Quais os pressupostos básicos de cada grupo?

Esses três são modalidades de supostos básicos, e o que caracteriza cada um é a forma como esses sentimentos vem combinados e estruturados (o que exige um líder específico apropriado). São sentimentos inconscientes da mente grupal, instintivos e primitivos que permite que qualquer grupo possa desempenhar determinado tipo de comportamento (pelo que entendi não existe grupo específico que desempenhe cada pressuposto). É algo bem padrão da espécie humana, comportamento de sobrevivência.

No suposto básico de Dependência, me remeteu a um texto anterior de Freud (se não me engano) que falava sobre a Igreja (organização) e sobre um deslocamento que alguns participantes do grupo realizam com seu líder buscando/ estabelecendo uma relação que se assemelha a um vínculo pai e filho, buscando proteção, segurança, nutrição...
Na prática, seria correto afirmar que o suposto básico de dependência aparece no contexto da igreja? Elege-se um líder com características carismáticas em razão da busca do recebimento de proteção, segurança e de alimentação material e espiritual... No texto é comentado também, que os vínculos com o líder tendem a adquirir uma natureza parasitária ou simbiótica, poderia se considerar essa natureza devido a esse deslocamento que os componentes do grupo realizam com o líder, o enxergando "como uma figura paterna"?

Sobre o termo "Estados da Mente", Bion demonstra os estados mentais que predominam, tanto no analista, como no paciente. Podemos observar um "estado mental de descobrimento", de grande fluidez adaptativa e transformadora; de resiliência, disposta ao sofrimento e superação das resistências. Podemos observar esses movimentos dentro da dinâmica grupal? Como eles se relacionam com os supostos básicos?
Creio que este conceito dos estados da mente se relaciona, de certa forma, com a figura do místico em seu "duelo" contra o establishment.

Caroline Machado Ferreira escreveu:Quanto a "dor de fome" (criança que foi privada de um bom seio nutridor), de que forma o analista pode amparar essa questão?

Creio que os caminhos de atuação possíveis variam de acordo com a intensidade das consequências que tal falta gerou na vida do indivíduo. Mas, vejo aqui, a interação de alguns conceitos/termos de Bion, como a do terapeuta ser continente à tais demandas, ao mesmo tempo que administra tais cargas contratransferênciais (capacidade negativa) e cinde seu ego não patologicamente, conseguindo ao mesmo tempo, estar envolvido na relação analítica e preservar o lado observador do seu ego.

Freud dizia que o ódio e o amor andavam juntos, coexistindo, já Bion, na definição de antiemoção fala que o real conflito que se estabelece é entre as emoções que estão contidas no amor e as forças que se opoem a esse sentimento. Essas forças poderiam ser mecanismos de defesa do indivíduo?

Shirley vargas escreveu:Os pressupostos básicos descreve a mentalidade do grupo, os quais Bion identifica como sendo: Dependência, luta-fuga e acasalamento. Quais os pressupostos básicos de cada grupo?

Dependência, luta-fuga e acasalamento não têm pressupostos básicos, separados para cada grupo.

Existe uma vantagem entre lidar com um grupo de trabalho, em relação a lidar com os pacientes individualmente?

Em muitos casos, o analista precisa ser continente para o conteúdo do paciente, mas como saber em que momento é necessário ou não?

Pergunta Victoria: Em muitos casos, o analista precisa ser continente para o conteúdo do paciente, mas como saber em que momento é necessário ou não?
Resposta: O analista sempre será continente quando fala algo contrário do seu paciente, ou algo que o paciente não gostaria de ouvir. Em muitos casos é necessário mostrar ao paciente que sempre tem outro lado e não só o qual ele está vivenciando e achando correto, por isso não se tem um momento, mas situações que abranjam essa necessidade de novas virtudes ao paciente.

Quando Bion fala da mudança catastrófica ele se relaciona principalmente a violência, submissão a ordem e invariância, falando da pré-catastrófica; catastrófica e pós-catastrófica.
Ao analisar uma situação dessa, entre outras, uma pessoa pode não voltar ao normal, certo? Mas em qual fase se dá essa analise, de uma situação vivida?

Marina da Costa escreveu:No suposto básico de Dependência, me remeteu a um texto anterior de Freud (se não me engano) que falava sobre a Igreja (organização) e sobre um deslocamento que alguns participantes do grupo realizam com seu líder buscando/ estabelecendo uma relação que se assemelha a um vínculo pai e filho, buscando proteção, segurança, nutrição...
Na prática, seria correto afirmar que o suposto básico de dependência aparece no contexto da igreja? Elege-se um líder com características carismáticas em razão da busca do recebimento de proteção, segurança e de alimentação material e espiritual... No texto é comentado também, que os vínculos com o líder tendem a adquirir uma natureza parasitária ou simbiótica, poderia se considerar essa natureza devido a esse deslocamento que os componentes do grupo realizam com o líder, o enxergando "como uma figura paterna"?

Acredito que sim, principalmente levando em consideração que Bion e Freud possuem a mesma abordagem, apenas mudam em alguns conceitos.

Segundo Bion qual a importância da visão binocular ou visão bifocal?

Pergunta Maiara: Quando Bion fala da mudança catastrófica ele se relaciona principalmente a violência, submissão a ordem e invariância, falando da pré-catastrófica; catastrófica e pós-catastrófica.
Ao analisar uma situação dessa, entre outras, uma pessoa pode não voltar ao normal, certo? Mas em qual fase se dá essa analise, de uma situação vivida?
Penso que a pessoa não "volte ao normal", mas o auxílio psicanalítico faz com que o individuo viva bem mesmo após tal mudança catastrófica, onde no momento em que esse individuo se permite melhorar e perceber que a dor que ele sente precisa ser sentida e entendida de outra forma, as coisas se organizam.

Segundo Bion, como eles se relacionam com os supostos básicos?

Resposta para colega Shirley: Penso que os pressupostos básicos acontecem em todos os grupos, o que muda é que alguns grupos desenvolvem mais a dependência e esse grupo fica muito dependente do seu líder, outro luta e fuga que indica a prevalência de mecanismos projetivos e por fim, alguns acasalamento ou pariamento etapa do grupo mais amadurecida onde os integrantes do grupo aceita as suas diferenças.

Qual os mecanismos de defesa segundo freud e Bion?

Bion descreveu três modalidades de supostos básicos, quais são eles?

Como se comporta o líder do pressuposto básico identificado por Bion como acasalamento?

Resposta Lavínia
Acasalamento, Luta- fuga e Dependência.

Resposta para karen;
o lider do grupo, neste pressuposto básico, está por nascer ,e pode ser uma pessoa ou ideia que salvará o grupo bion entende que esta salvação é na verdade dod sentimentos ódio destrutividade e desespero com relação ao seu próprio grupo ou outro.