TÓPICO 8 PICHON

Dúvidas para a próxima aula!

Rickman: “Não há processo terapêutico sem sofrimento”. Esse sofrimento tem uma passagem por qual depressão? Quais são seus processos terapêuticos?

Quando um grupo se estrutura como "grupo conspirador" para se opor a uma mudança, como o coordenador do grupo deve agir para haver uma cooperação de todos?

"O doente mental é o depositário das ansiedades de seu grupo familiar, há a tendência de excluir ou afastar esse membro pensando que ansiedade ira desaparecer". Porque existe essa tendência nos grupos familiares quando um membro adoece?

Na depressão iatrôgenica positiva o indivíduo perde as suas defesas para ter acesso a esse sofrimento? Como esse sofrimento surge no setting, existe a possibilidade do indivíduo não retornar aos atendimentos? Como o terapeuta deve proceder para que o individuo entenda que este sofrimento faz parte do processo?

Resposta a Shirlei
Rickman: “Não há processo terapêutico sem sofrimento”. Esse sofrimento tem uma passagem por qual depressão? Quais são seus processos terapêuticos?

O sofrimento é causado pela depressão iatrôgenica, que acontece dentro do setting e tem a finalidade de causar dano para o indivíduo poder crescer, fazendo com que aconteça um insight e uma capacidade de elaborar um projeto que permitindo-lhe encarar os seus problemas existenciais.

Quando um grupo se estrutura como "grupo conspirador". Deve o coordenador centrar na ruptura dos estereótipos da comunicação e uma modificação nos vínculos internos e externos de pertença, cooperação e pertinência.
Essa operação corretora possibilitará uma abordagem mais flexível da realidade, uma conduta adaptativa criadora.

Renata escreveu:Na depressão iatrôgenica positiva o indivíduo perde as suas defesas para ter acesso a esse sofrimento? Como esse sofrimento surge no setting, existe a possibilidade do indivíduo não retornar aos atendimentos? Como o terapeuta deve proceder para que o individuo entenda que este sofrimento faz parte do processo?

Na posição depressiva iatrogênica é como se houvesse um dano causado por um sentimento, no setting terapêutico ela pode surgir como alguma resistência, pois é o momento em que saímos da zona de conforto e perdemos nossas defesas, por isso o paciente consegue ter acesso ao que dói nele, seu sofrimento.
Acredito que sim, existe a possibilidade do indivíduo não querer retornar, mas para isso não ocorrer depende do manejo do terapeuta em explicar essa fase e o motivo desse desconforto, levá-lo a ver que isso é uma evolução no processo para motivá-lo.

"Na família, o doente é, fundamentalmente, o porta voz das ansiedades do grupo."
Como o terapeuta pode auxiliar o grupo familiar a perceber-se através do porta voz?

Pichon usa o termo depressão para determinadas fases de rompimento com nossos padrões , como ele descreve a depressão patológica?

Caroline Machado Ferreira escreveu:"Na família, o doente é, fundamentalmente, o porta voz das ansiedades do grupo."
Como o terapeuta pode auxiliar o grupo familiar a perceber-se através do porta voz?

Auxiliando o mesmo a observar através de suas falas determinadas projeções e trabalhar o contexto familiar amplamente a fim de entender a demanda em sua totalidade conforme afirma Pichon com relação a pluralidade fenomênica.

lucaslopes escreveu:

"O doente mental é o depositário das ansiedades de seu grupo familiar, há a tendência de excluir ou afastar esse membro pensando que ansiedade ira desaparecer". Porque existe essa tendência nos grupos familiares quando um membro adoece?

A doença desencadeia e realimenta os sentimentos de insegurança e incerteza, que estão na base de todos os transtornos individuais e grupais, por isso a vontade afastar o membro familiar.


O que acontece com o grupo quando ele adquiri insight ?

[quote="Lucas Silveira"]

lucaslopes escreveu:

"O doente mental é o depositário das ansiedades de seu grupo familiar, há a tendência de excluir ou afastar esse membro pensando que ansiedade ira desaparecer". Porque existe essa tendência nos grupos familiares quando um membro adoece?

A doença desencadeia e realimenta os sentimentos de insegurança e incerteza, que estão na base de todos os transtornos individuais e grupais, por isso a vontade afastar o membro familiar.


O que acontece com o grupo quando ele adquiri insight ?


Segundo Pichon, o grupo obtém uma adaptação ativa à realidade no momento que adquiri o insight.

Quando falamos em Pichon, o sentido de "depressão" seria o mesmo usado por Klein? Qual seria a relação da depressão em Pichon, com a posição depressiva de Klein?

Shirley vargas escreveu:Rickman: “Não  há processo terapêutico sem sofrimento”.  Esse sofrimento tem uma passagem por qual depressão? Quais são seus  processos terapêuticos?  

Depressão Iatrogênica positiva - esta é vivida no processo terapêutico, onde saímos da zona de conflito confrontando nossas defesas a fim de Geral uma evolução.

As falhas na instrumentação geram sentimentos de insegurança e podem levar a uma situação neurótica. Essas falhas, mesmo que ocorridas de maneira internalizada no sujeito, e não necessariamente fiel a realidade, podem acabar desenvolvendo sentimentos de insegurança (ou até mesmo adoecer) no grupo familiar inteiro?

A doença vista como processo de elaboração de sofrimentos leva o individuo a se adaptar, apresenta-se no texto dois tipo de adaptação ( passiva e ativa) qual delas usa-se com mais frequência quando em ambiente familiar ? E quais as consequências para o sujeito diante da adaptação que este utilizar?

Qual o conceito que nos traz o texto sobre estrutura vincular?

Tendência nos grupos familiares quando um membro adoece?
Com o mecanismo de segregação surge a marginalização com a fantasia de que com o desaparecimento do membro familiar doente desaparecerá também a ansiedade (doença).

Qual seria a tarefa que irá ajudar o grupo que estava estereotipado, a adquirir flexibilidade e mobilidade, para que o grupo se torne operativo, e assim, comece a encarar a tomada de decisões ?

Para que os grupos operativos tenham sucesso e a as ansiedades sejam diminuidas, o insight é indispensável. Entretanto, é possível que a adaptação à realidade seja traumática para o grupo? Quais as consequências disso?

Qual é a objetividade de Pichon?

Quais são os princípios que intervem na causação de uma estrutura, seja ela normal ou patológica?

-Como as posições de M. Klein (esquizoparanóide e depressiva) estão presentes no conceito de depressão iatrogênica de Pichon?

-O conceito de adaptação ativa implica em uma transformação do sujeito e não à sua adequação passiva a estereótipos de normalidade, bem como na transformação do meio em que habita, processo que também modifica o sujeito. Nesta dialética, como podemos perceber a concepção trans-psíquica (intra+inter+contexto) de Pichon sobre sujeito?

Caroline Machado Ferreira escreveu:"Na família, o doente é, fundamentalmente, o porta voz das ansiedades do grupo."
Como o terapeuta pode auxiliar o grupo familiar a perceber-se através do porta voz?

Como aponta Pichon, esse porta voz é como se fosse um "radar" que, por ser sensível, revela as ansiedades e fantasias inconsciente dos outros membros do grupo. Trabalha-se então para que estes outros membros então, se reconheçam enquanto pertencente a tal conteúdo explicitado pelo porta voz, sendo produto da interação entre os membros do grupo. Isto faz parte do processo terapêutico dos grupos operativos, como a diminuição dos medos básicos, fortalecimento do ego, capacidade de adaptação ativa à realidade, etc.

Daniella escreveu:Pichon usa o termo depressão para determinadas fases de rompimento com nossos padrões , como ele descreve a depressão patológica?

O termo depressão, em Pichon, está associado à sensação de perda. É na perda, experimentada pelo indivíduo através do conflito, que está a patologia. Quando a perda é potencializada (pela policausalidade), o indivíduo pode se desenvolver dentro de uma configuração patológica.